quinta-feira, 9 de julho de 2009

Era o sorriso dela...

Sorriu, e ele ficou preso no tempo.
Gelou sem respirar. Sentiu um arrepio. Era algo novo como o nascer-do-sol. Tão puro, tão inocente...
Mas não abriu o seu coração. Murmurou bem alto que não. Não levantou voo.
Preparou-se para continuar. Não conseguiu. O seu sorriso era o seu céu. Tinha de o cruzar.
Forçou a voz tremida. Não iria dizer.
Pensava que o seu coração tinha aprendido a lição, de tanto chorar perdido naquelas planícies de desespero acolhedoras de solidão.
De olhos fechados e nenhuma fé, levantou-se para as percorrer, para se perder de novo, para abraçar a sua utopia. Mas tocou as nuvens...
Descobriu a luz, seguiu-a. Sem voltar, deixando a sua maré vazia.
Era como o pôr-do-sol. Tão quente, tão apaixonante...
Saltou, libertou a voz, gritou bem alto com o coração. Fez das nuvens asas e levantou voo.
Era o sorriso dela...