domingo, 23 de agosto de 2009

Fantasia de um Pobre Coração

Passaste por mim. Deusa de ti mesma. Um andar leve, dançante, suave como se se perdesse no ar. Um arrepio dentro de mim.
Era o sol do teu olhar. Olhar transparente, alma pura.
Estremece meu coração. Livre o vento enrolado moldava o teu corpo vestido em branco.
Teus cabelos, tua pele: tão loiros, tão doce.
Pulsa o meu peito, escapa-se-me um sorriso entre os dedos.
Já eras fantasia de um pobre coração.
Sorris. Lábios pecadores, invulgar tentação. Olhar caloroso, sensual corpo que me atormenta. Responde-me doce voz, sorriso fantasiado, fatal olhar.
Teu toque, teus lábios. Teu corpo junto do meu.
Desejo...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ninguem que saiba ao que vim...

Caiu. Estendido, esperou.
Ferido nas mãos, não pensou em nada...
Era apenas o luar, um murmuro, um grito...
Era o seu sorriso feliz, pedaço de algodão doce.
Deitado na sala vazia, suspirou.
Era o seu céu, a sua Terra.
Era o seu olhar dócil, puro como uma gota pousada numa folha numa manhã de orvalho.
Sentado na escada fria, tremeu, soluçou.
Era o vento frio a cortar-lhe a respiração.
Era a sua ausência, a falta do seu toque leve como o nascer-do-sol.
Pensamentos resultados dum abraço estático.
Era o desaparecer do seu calor.
A falta dos seus cabelos livre como um falcão que paira no alto.
Caminhando na rua, desfalecido, caiu...