quinta-feira, 17 de junho de 2010

T(r)ocar de Corações

Sinto-me longe. Não,
Não te sinto, não te vejo.
Perdi os teus dedos, larguei-te a mão.
Segui, parti, sem me aperceber que te deixei para trás,
Sozinha.
Quis ter tudo:
Quis o teu sorriso e o poente quente.
Quis desvenda-lo agarrado a ti.
Fui egoísta e por isso fugi-te sem o querer...
De cotovelo molhado, olhos embaciados,
Chove, e eu estou sozinho ao relento;
Chove, e eu não tenho quem me abrigue;
Chove, e eu não te tenho junto a mim;
Chove
mas vou chegar a ti.
Quero segurar-te as mãos, entrelaçar os nossos
dedos, nó cego para não mais se soltarem.
Quero abraçar-te, tocar de
corações, dar-te o beijo que mereces.
Dar-te céu e sol em versos, mar e luar em poemas.
Correr, sem me cansar, contigo
Atrás do teu nascer-do-sol
Apenas, sossegadamente, ter-te a meu lado.

Se eu te pudesse abraçar mais uma vez,
amarrado á tua cintura,
dirias as palavras proibidas?

Os Homens também choram.

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem...
Gostei Johny :)
Claro que não é nada semelhante ao que se escreve no Beco da Poesia, pois lá tudo é mais parvo (mas real)!!! :b

Aqui é uma realidade sentimental...
Bonita, discreta e pessoal :)

um beijinho,
Suéli

Mel disse...

adorei(: