sábado, 4 de setembro de 2010

Canta-Autor

Já é noite. A lua já vai alta e antiga.
Olho discretamente para cima. Sorrio.
O céu faz-me pensar em ti,
De cada passo, de cada movimento teu,
Naqueles dias brancos de inverno,
Em todas as noites vernais.
Sentado, estive a ver a vida a passar por mim.
Á espera, ansiei que me entrasse um sonho
Que me fizesse levantar,
Deixar tudo para trás,
(só) Para te abraçar uma vez mais.
Peguei na guitarra,
afinei o coração e
comecei a cantar às estrelas
na ânsia de que estas fossem bater à tua janela
para te contarem tudo o que te quero dizer:
Tenho mil palavras, mil para descrever apenas uma.
Guardo milhões de letras para amar pouco mais que uma mão cheia delas.
Quero que acordes e que me vejas agora,
agora que tenho o coração nas palavras, nas mãos, nos olhos.
Quero que abras a janela e me ouças agora,
agora que tenho Shakespeare, Camões, Bocage na ponta da língua.

Quero que saias e venhas ter comigo
agora que teremos sempre Paris.
Dá-me a tua mão,
ligamos os mínimos para sermos discretos (para sermos só nós),
e entramos n'o Túnel

aquele do Amor...

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